Olá caros amigos! Nesta postagem resolvi compartilhar um lindo poema de Drummond de Andrade, quem não conhece, acho que vale muito a pena ler e refletir e pra quem conhece, é sempre bom reler. Bem, no meu ponto de vista, mais uma vez esse poema reflete na complexidade humana, na insatisfação eu diria, e óbvio que eu me incluo nisso. Não é de hoje que poetas e filósofos tentam entender a mente humana, e em minha opinião ninguém chegou num consenso, acho que é por isso que eu não curto livros de auto-ajuda, é aquilo, a gente sempre sabe o que tem o que fazer, e como fazer, mas ninguém segue a risca, detalhe: quando digo ninguém me refiro à maioria das pessoas. Já tentei ler alguns livros de auto-ajuda e nunca consigo terminá-los, um exemplo é o livro "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus", mas prometo tentar novamente. Quanto à questão da filosofia, antes de Cristo filósofos já vinham tentando desvendar a mente humana, e saber quem somos e de onde viemos de fato, quem leu o livro "O Mundo de Sofia" do autor norueguês Jostein Gaarder e publicado em 1991 e até hoje é um dos livros mais vendidos do mundo, sabe do que eu estou falando. Pra quem gostaria de entender um pouco de filosofia, fica a dica do livro, pois o autor retrata a o berço da filosofia através de um romance o que acaba deixando o livro mais interessante e compreensível. Mas não pense que vais entender tudo, no meu caso eu li e fiquei com um nó no cérebro, mas gostei mesmo assim. Bem, sem maiores milongas, segue abaixo o poema do poeta mineiro Drummond de Andrade:
Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
Irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
Do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
Tido juntado e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
Angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
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SINOPSE:
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.
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