sábado, 3 de abril de 2010

Belo Poema de Carlos Drummond de Andrade

Olá caros amigos! Nesta postagem resolvi compartilhar um lindo poema de Drummond de Andrade, quem não conhece, acho que vale muito a pena ler e refletir e pra quem conhece, é sempre bom reler. Bem, no meu ponto de vista, mais uma vez esse poema reflete na complexidade humana, na insatisfação eu diria, e óbvio que eu me incluo nisso. Não é de hoje que poetas e filósofos tentam entender a mente humana, e em minha opinião ninguém chegou num consenso, acho que é por isso que eu não curto livros de auto-ajuda, é aquilo, a gente sempre sabe o que tem o que fazer, e como fazer, mas ninguém segue a risca, detalhe: quando digo ninguém me refiro à maioria das pessoas. Já tentei ler alguns livros de auto-ajuda e nunca consigo terminá-los, um exemplo é o livro "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus", mas prometo tentar novamente. Quanto à questão da filosofia, antes de Cristo filósofos já vinham tentando desvendar a mente humana, e saber quem somos e de onde viemos de fato, quem leu o livro "O Mundo de Sofia" do autor norueguês Jostein Gaarder e publicado em 1991 e até hoje é um dos livros mais vendidos do mundo, sabe do que eu estou falando. Pra quem gostaria de entender um pouco de filosofia, fica a dica do livro, pois o autor retrata a o berço da filosofia através de um romance o que acaba deixando o livro mais interessante e compreensível. Mas não pense que vais entender tudo, no meu caso eu li e fiquei com um nó no cérebro, mas gostei mesmo assim. Bem, sem maiores milongas, segue abaixo o poema do poeta mineiro Drummond de Andrade:

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
Irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
Do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
Tido juntado e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
Angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...


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SINOPSE:

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.

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