segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ele Não Está Tão a Fim de Você!

Meninas, quem de vocês ainda não assistiu ao filme “Ele Não Está Tão a Fim de Você?” Eu assisti e amei, porque trata do universo feminino de forma descontraída, é como se fosse um manual prático da aceitação. Vamos lá, amem-se, bola pra frente e ria da desgraça! É muito engraçado ver retratado em filme alguns de nossos dramas, muitas vezes desnecessários. Essa comédia lançada em 2009 possui um elenco super bacana que além do manual, a história passa uma mensagem legal. Boa parte do filme roda em torno de Gigi (Ginnifer Goodwin), a romântica incurável, que sempre espera a ligação no dia seguinte, e só fica na esperança mesmo. Tenho várias amigas como a Gigi, e acredito já ter sido uma delas, mas num contexto bem diferente, pois a Gigi tenta encontrar motivos por não ter recebido a bem dita ligação no dia seguinte após o encontro, enquanto que no meu caso, sou bem realista: não ligou porque não quis e não foi com a minha cara (diga-se de passagem, tem vários nessa lista dos que não foram e continuam não indo com a minha cara) curta a sua rejeição, coma bastante chocolate e sorvete (acalmam nossos hormônios), e depois siga em frente e corra atrás do prejuízo. Admito que a minha paranóia ajuda a ter essa aceitação, muitas vezes o meu “realismo” acaba torcendo a verdade das coisas. Mas venho aprendendo que nunca se deve esperar nada, e que quando nós não estamos tentando entender é quando realmente chegamos ao entendimento. Sabe quando uma coisa tem que acontecer realmente? Bem, elas realmente acontecem quando chega a hora, ansiedade só retarda. Não lembro onde li, mas Paulo Coelho disse: “As pessoas sempre chegam na hora exata nos lugares onde estão sendo esperadas”. Mas vamos a algumas questões básicas, formulada e baseada no filme e nas minhas percepções:
1. Você sai com ele, e após 24 horas (tempo padrão) ele não te liga e nem sequer uma mensagem? Não se engane ele realmente não está tão a fim de você, e não adianta pensar que ele trabalhou demais, que ele deve ter viajado a trabalho, que a avó faleceu ou alguém da família adoeceu, ou pior ainda: ele esqueceu ou perdeu seu número? aceite a verdade, ele não é obrigado estar a fim de você.
2. Ele te passa a conversa (você cai direitinho nela), e vocês acabam transando, e a maldita ligação após 24 horas (nesse caso o tempo padrão está estourado) não acontece. Minha amiga, esse canalha/cretino mais do que nunca não está nem um pouco a fim de você, e bola pra frente: sexo não é garantia de nada.
3. Ele vem com aquele papo de que você é maravilhosa, que é demais pra ele e espera que você encontre alguém a sua altura, que te adora, mas mesmo assim é melhor terminarem antes que se apeguem ou então o problema é ele e não você. Bem, aceite, a verdade está bem diante do seu nariz: você está sendo dispensada, bola pra frente e distribua suas fichas para o próximos da fila, paciência. E não esqueça, ele tem razão: você é maravilhosa demais pra ele e por isso ele não te merece.
4. Ele nunca tem tempo pra você, com a desculpa que trabalhou demais? Poupe-me, além de não estar a fim, ele quer te dispensar com a desculpa mais velha do mundo. Criatividade às vezes é bom, mas nesse caso eu prefiro a verdade nua e crua: querida (leia-se bocaberta), você não vale o sacrifício de eu ir ver você depois de um dia torturante e cansativo de trabalho. Pode até doer, mas a verdade sempre corta o mal pela raiz e se sentir que o chocolate e o sorvete podem acalmar os seus hormônios malucos, te atira!
5. Ele combina contigo e dá um cano, e além de tudo, ainda esquece a data do seu aniversário? Esse sujeito além de não estar tão a fim de você, merece como punição a morte, merece ser torturado e em seguida de esquartejado.
6. Além de ele não te ligar, ele entra no MSN/SKYPE nem dá um miserável “oi”? Esse cretino além de não estar a fim de você nem para uma conversa virtual merece o bloqueio seguido de morte. E em qual parte do “ele não está tão a fim de você” não está claramente explicito? Deve ser a parte que ele não menciona que está conversando com a “bola da vez”. Sabe que concordo com a Mary personagem da Drew Barrymore, quando ela afirma sentir falta do tempo antigo em que as pessoas se falavam sem todas essas tecnologias. Eu acho que também sinto, eu canso de checar caixa de e-mail, Orkut, Twitter, Facebook, MSN, tentando ver quem está tentando se comunicar comigo, mas não seria mais simples telefonar e mandar vazar logo? Sem contar que podemos dar a entonação que quisermos ao ler uma mensagem, é aí que mora o perigo, experiência própria! Se vocês soubessem quantas encrencas arrumei nesse maldito MSN! E como se não bastasse, muitas vezes leio os sinais da pior maneira possível: na maioria das vezes levo pro lado negativo, então um conselho pra todas nós: não tente ler e nem entender esses sinais do cão, porque como o Alex afirma (personagem do Justin Long): quando o cara está realmente a fim, ele corre atrás, simples assim. Ele liga pra você até do outro lado do planeta, basta tem um telefone. Outra coisa não fique encarando o telefone, isso é tortura, é ódio mortal por si mesma, ele não vai tocar só porque você está olhando de cara feia pra ele.
Não sei dizer em que momento eu me identifiquei com o filme, mas é óbvio que a desculpa do trabalho eu já ouvi, acho que todas as mulheres do planeta ouviram. E quem ainda não ouviu, não fique satisfeita se achando a exceção da regra, pode tirar o sorrisinho malicioso do canto da boca, porque sim, você vai ouvir, é apenas uma questão de tempo. Atualmente posso dizer que já superei completamente o trauma e confesso a vocês: fui dispensada com essa desculpa pela primeira vez aos 15 anos de idade. Já era de se esperar que depois de 13 anos eu já tivesse superado isso e desejado que quanto mais o sujeito trabalhasse, mais pobre ele deveria ficar. Brincadeirinha, não desejei isso, foi só pra descontrair. E não se culpe, quando tentarem te manipular, fazendo pensar que você é o problema, que você é areia demais para o caminhão dele, porque a maioria dos homens tem medo de mulheres inteligentes que usam o cérebro. Arnaldo Jabour já cita em uma crônica: “o outro tem o direito de não querer”. Nesta crônica do Jabour, eu realmente me identifico quase 100%, como a maioria das crônicas dele. Adoro a praticidade e a simplicidade de Jabour.
Como sempre eu já me estendi demais, mas cumpri minha missão: a de compartilhar percepções. E repito: não sou feminista de forma alguma, mas feminismos a parte, sou sim a favor da essência e do conteúdo, porque o vazio além de não acrescentar em nada, é muito cansativo. Segue abaixo a sinopse do filme e a crônica do Jabour, leiam se tiverem paciência, é como se fosse um anexo! A partir daqui a leitura é opcional.

Sinopse “Ele Não Está Tão A Fim de Você”
Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que namora Neil (Ben Affleck) há 7 anos e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.

Relacionamentos, por Arnaldo Jabor.

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como
tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se
somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo,
como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico
que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Se não
bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a
pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é
compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu
pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que seria fácil?

Arnaldo Jabor

4 comentários:

  1. "é melhor a gente terminar isso antes que a gente se apegue mais"
    "não é tu, sou eu"
    "a gente é muito diferente um do outro"
    até eu com os meus 17 anos, já ouvi todo tipo de besteira.

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  2. É meu bem, Jabour já disse que não seria fácil... odeio desculpas, prefiro a verdade nua e crua por mais dolorida que seja. Gabi, quando tu chegar na minha idade, o número de besteiras, digo, desculpas que eles contam, serão inúmeras hehehhehe... beijão e obrigada pelo comentário!

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  3. Adoreiiii ler isso fe, e confesso que passei por isso ja desde meus 13 anos qando comecei a me apaixonar pelos colegas de colegio heheh, bom eu ja vivi muito isso na pele, chorei, sofri, fui um pouco a gigi, mas hoje isso nao passa nem perto, nao qer meu filho a fila anda e a vida eh bela dmais pra ficar me preocupando pq um sexo bom ou um bjo mara nao teve mais retorno...bom hoje penso q tenho mais oq fazer doq me estressar com isso heheh

    bjus minha flor vou comecar a acompanhar tudo aki adoreiiii teu blog

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  4. Adorei ,penso assim tbm,masis a pouco tempo cai na lábia de um,mais graças a DEUS,a fila andou e to em outra

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