domingo, 26 de junho de 2011

A Verdade Nua e Crua


Sempre gostei de ouvir e observar as percepções das pessoas em relação a relacionamento, o que elas pensam? o que elas buscam em um parceiro? acreditam existir a tal alma gêmea? As questões são inúmeras, assim como as respostas.
Pois bem, nesta semana um velho amigo meu de Brasília/DF esteve em minha cidade para visitar parentes e amigos, eu estava inclusa nessa lista. Entre tantas conversas, começamos a falar sobre relacionamento, e não foi um papo de bêbado qualquer, embora eu ache que sempre se consegue tirar proveito de um papo com álcool na cabeça. Nossa grande questão: o que as pessoas buscam uma nas outras? Para ele as pessoas querem praticidade. Eu concordei com ele nessa questão, embora eu pense que relacionamento é construído e alimentado, no que ele concordou comigo também. É muito fácil ter um relacionamento prático, onde as pessoas não querem conviver com as diferenças uma das outras, sendo que, todos nós possuímos defeitos. Mas a praticidade de que falamos é outra: é aquela onde a confiança e o respeito são perdidos, onde a admiração também morre com eles, e não restando outra alternativa a não ser a separação, mesmo que ainda exista amor.
Ele me contou que procura tratar a parceira com carinho, porém não costuma agradá-la com nenhum presentinho em datas especiais. Eu quis saber o motivo de algo tão contraditório, ele explicou o seguinte: a partir do momento que eu passo a dar presentes, cartões e mimos, estou dando o direito de haver cobrança. Neste momento pensei estar com uma dose de álcool um pouco acima do normal na cabeça e fiz que ele explicasse essa parte novamente. Para o meu amigo, esse tipo de gesto acaba gerando uma expectativa nele mesmo, onde ele vai se sentir no direito de cobrar que sua amada aprecie o gesto dele, e ela não corresponda suas expectativas, ele vai se frustrar. Gente, que coisa maluca e contraditória, pelo menos para mim. Não penso que o meu parceiro deva me encher de presentes caros, mas penso que um pequeno gesto alimenta a relação. Nisso, ele concordou comigo: a relação deve ser alimentada por ambas as partes, mas para alguns, é mais fácil provocar um ao outro matando o sentimento aos poucos. A coisa mais triste que vejo em minha volta, são relações mal acabadas e mal resolvidas. Aquelas que um pequeno "ajuste" poderia ter sido conciliada com uma conversa, e que por tão pouco acabam, e ambos deixam para trás a chance de serem felizes, por falta de maturidade com uma dose de egoísmo. Que coisa mais bizarra! Porque deixar de ser feliz por tão pouco? Não é a toa que as pessoas estejam cada vez mais sozinhas. Para essas pessoas, elas querem um espelho de si mesmo no outro, e acabam atropelando tudo. Nunca li nenhum manual de "como aprender a namorar direito", talvez exitam boas dicas nesses manuais.
Outro ponto interessante da conversa: o caráter. A definição de caráter muda de pessoa para outra. Para mim aquela pessoa que não te olha nos olhos, além de covarde, possui um desvio de caráter. E a questão da traição, então nem se fala! Traição, não se resume em trair fisicamente seu parceiro com outra pessoa, embora seja a mais grave. Mentir, omitir, se insinuar a outras pessoas quando você já tem compromisso firmado com outra,que além de traição, é expor e desrespeitar quem está ao seu lado. Quando chegamos nessa parte, concordamos que a consciência de cada um muda quando lhe é conveniente. Chegamos a conclusão que as pessoas mostram quem elas realmente são, em pequenos gestos. Algumas se empenham em demostrar seu caráter e dedicação em grandes gestos, que acabam esquecendo de coisas tão pequenas e ao mesmo tempo tão importantes, que são as que tem mais significado. Pessoas que julgam suas atitudes as mais corretas do mundo são as pessoas mais feias e falsas. Cômico se não fosse trágico.
Meu amigo acredita que a vida é muito boa, mas assim como Roberto Carlos afirma, é preciso saber viver. E tem manual de instrução galera? Se houver um manual, creio que não seja confiável hehhehe... Mas ele deu algumas dicas, segundo as teses dele: 1°) Ele acha tudo bom, uma maravilha (na minha opinião, ele já estava bêbado quando disse isso). 2°)Se aceitar, sempre. Nesta parte considerei que ele não estivesse tão bêbado como pensei que estivesse. Se pararmos para analisar e analisar, e percebermos que se não estamos nos aceitamos, alguma mudança se faz necessárias, até mesmo porque toda mudança traz algum benefício. 3°)E finalizando: a vida não se explica, se vive (como ele foi inteligente nessa frase, fiquei chocada, hahahahahah). Posso resumir tudo isso com a seguinte frase: não tem necessidade de complicar, se podemos simplicar (não sei quem foi pior, eu ou meu amigo).
Semana passada li em algum site, que a alma gêmea existe, e não é aquela aquela pessoa toda certinha que concorda conosco em tudo. Dizia que a alma gêmea é aquela pessoa que é o seu oposto, onde os dois possam se comunicar, aprender e evoluir um com o outro. Concordei com a tal afirmação, afinal, se a nossa alma gêmea for certinha, for nosso fiel espelho, o que podemos aprender na vida? Seria uma relação totalmente estagnada. Isso não quer dizer que as pessoas devam se matar, se magoar para assim evoluir, por favor, não vamos levar as coisas ao pé da letra!
Mas sabe qual a verdade nua e crua? É que príncipes e princesas encantadas não existem, livros de auto-ajuda não resolvem nada. E a
mudança mesmo sendo necessária, parte de dentro pra fora, e sim, não é preciso renunciar muitas coisas para achar a pessoa especial e ser feliz ao lado dela. A verdade nua e crua, na minha opinião, é que a maioria prefere complicar a simplificar. Quanto tempo perdido!

domingo, 22 de agosto de 2010

Sexta-Feira 13, dia do azar ou apenas superstição?

Saudações povo! Eu confesso a vocês que até a última sexta-feira 13 não acreditava na associação sexta-feira com o número 13. Mas isso acaba de mudar. Sim, na próxima sexta-feira 13 eu não pretendo sair de casa. Fiz uma pesquisa básica sobre a sexta-feira 13, mas as crenças em torno desse dia são muitas, e quase confusas digamos assim. Mas não posso mais negar e não tenho dúvidas quanto a uma única coisa: a sexta-feira 13 é o dia do azar! E o detalhe é que não sou nenhuma supersticiosa. Bem, vamos lá, vou contar como passei a acreditar nesse dia azarento. Tiro o carro da garagem e lá vou eu, animada, cantante, feliz, alegre e saltitante, afinal hoje é sexta! Chega de correria, pelo menos até domingo. Tudo começa quando estou em uma avenida movimentada, porém com um engarrafamento de tirar o humor de qualquer pessoa com sangue de barata, mas ainda assim não desanimo, e continuo cantando feliz na vida! Depois de 50 minutos, e sem nenhum progresso no meu trajeto, começo a sentir uma onda de calor, sinto que o meu humor está acabando, e fui aos poucos deixando de cantar. Em seguida vem o meu momento de bobeira... Resolvo ameaçar ultrapassagem e um veículo enorme, que chamamos de ônibus pecha no meu lado, agora a bobeira foi embora e deu espaço para o pavor. Estremeci, não acreditei no que estava acontecendo. O motorista muito gentil desce e vem saber se eu havia me machucado, eu disse que não e em seguida perdi a voz. Os passageiros começam a descer e passam a me encarar, e eu pude ler os pensamentos deles. Eles diziam: vou te matar, sua louca, vou chegar mais atrasado(a) tudo porque você ameaçou ultrapassar. Neste momento eu respiro fundo e me preparo para o meu momento “cara de pau”, aquele onde passo a fingir que não é nada comigo, afinal, eu nem conhecia aquelas pessoas. Pego meu celular, viro pro outro lado, abaixo um pouco a cabeça, e começo a fazer as ligações necessárias. Agora vem o momento reage que a ficha caiu. Ligo pra casa, minha mãe atende e eu começo a contar a ela o ocorrido, e peço para ela chamar meu pai, mas ela estava impossibilitada de passar o telefone a ele, pois meu pai estava acordando e iria tomar o café dele ainda. Mas, como? Acabo de contar que eu quase me matei e a minha mãe me sugere que devo esperar pois meu pai iria demorar a sair de casa? Agora vem o momento fúria. Digo a ela que leve o maldito telefone até ele! Meu pai realmente pretendia demorar, ele disse que não sabe que horas iria sair de casa! Não defini quem era o mais sem noção, se era eu, meu pai ou minha mãe. Agora chega o momento em que a luz do meu juízo resolve ligar! Liguei para um amigo da família, um capitão aposentado da brigada militar, e pedi orientação a ele, pois acho que a minha fragilidade feminina resolveu aparecer. Ele me disse para ficar calma, eu respirei fundo e expliquei a ele que eu não estava nervosa, mas sim apavorada! Ele gentilmente me orientou. Me acalmei e atravessei o carro para a calçada. O azulzinho chega e logo pensei: agora vem o momento “incomodação”! Pobre rapaz, ele se aproxima e nota meus olhos cheios de lágrimas, prontas para rolar sobre minha face e disse: moça, por favor não chora, isso acontece todos os dias! Bom, pra piorar, uma moça do ônibus deslocou o ombro no momento da batida, o que significa que houve vitima e que significa que meu carro seria guinchado para o palácio da policia, então quem resolve é a brigada militar. O sargento da brigada se aproxima e ao me ver com os olhos cheios de lagrimas, diz: senhora, se acalme, não chora, isso acontece todos os dias, e quem está no transito esta sujeito. Agora chega o gerente da empresa de ônibus, e reconheço o senhor de cabelos grisalhos: amigo de longa data do meu pai. Ele disse que nunca lembraria de mim, pois ultima vez que me viu eu ainda era criança (cá entre nós, faz tempo, deixei ele pensar que eu tinha 18 anos). Para piorar a situação, o carro consta no nome do meu irmão mais novo, e começo a sofrer por antecedência, pensando em como tira-lo do trabalho para ir até o palácio da policia assinar a retirada do carro. Quando paro de maquinar essa possibilidade, eis que meu mano amadinho surge ao meu lado e pergunta: o que houve? Eu estava indo para o trabalho e vi o carro batido, ainda pensei quem era o FDP trancando o trânsito.
Um sorriso surge e digo a ele: que bom te ver, que saudades! Que sorte você passar por aqui. Pode trocar o pneu pra mim? Ele solidariamente suspira e faz o que pedi, mas ressaltou: sorte ou azar? O transito já estava parado, já estava atrasado para o trabalho e em seguida já tenho que trocar um pneu.
Mas sim, era sorte dando uma “alô”no meio do meu caos. La se foi meu carro no guincho, e eu chorando ao lado do meu irmão enquanto seguíamos o guincho, lamentando ate a falta de solidariedade do meu pai e da minha mãe, pelo menos meu irmão me mostrou que eles ficariam mais preocupados se fossem terceiros ligando a eles, então era sinal que eu estaria bem. Foi uma função, mas resolvemos tudo pela manhã. Enquanto meu carro fica pra conserto, estou usando o da minha mãe, mas detalhe: o pneu já furou, pois passei por cima de um prego!

CURIOSIDADES DA SEXTA-FEIRA 13:
**Este dia está associado a evolução de todo ser humano individualmente, mas, para a sociedade, pode representar agitação excessiva. Dia escolhido segundo a cultura popular, a Sexta-feira 13 é conhecida como " o dia do azar" ou de "usar amuleto no bolso". O treze corresponde a letra hebraica Mem, que representa o renascimento e a liberdade. Esta superstição também está associada ao fatídico dia em que o rei da França, Filipe o Belo, ordenou prender e matar todos os Templários (homens que se dedicavam a proteger os peregrinos que se dirigiam à Terra Santa) sob a acusação de feitiçaria.
**A superstição que envolve a Sexta-feira 13 surgiu com os romanos. Não tinha nada de azarento, mas, com o tempo, alguns fatos ocorridos nesta data, ano após ano, marcaram este dia, transformando a Sexta-feira 13 em um momento onde as pessoas deveriam tomar mais cuidado.
**Uma crença européia revela que nas "Sextas-feiras 13 as bruxas estão soltas". Segundo o folclorista Luís Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore Brasileiro, "o dia 13 é um número fatídico, pressagiador de infelicidades. A superstição de evitar 13 convidados à mesa é tradicional como uma reminiscência da Santa Ceia, quando Jesus Cristo ceou com os seus 12 apóstolos, anunciando-lhe a traição de um deles e seu próprio martírio".
**A palavra superstição primitivamente significava "vidente ou profeta". As superstições surgem como explicação para os fatos que desconhecemos. Quem comemora o aniversário em uma Sexta-feira 13 não deve ficar preocupado, pois o número 13 também simboliza o número dos anjos e da sorte
**A crença no azar da sexta-feira 13 pode ter começado com os antigos Vikings, quando numa cidade dos seus deuses e semi-deuses nórdicos (Valhalla) foi combinado um banquete para 12 convidados que deixou de fora Loki, deus do mal. Porém este apareceu no banquete e furioso começou uma luta onde o semi-deus Balder, o favorito dos deuses, foi morto. Daqui nasceu a superstição de que juntar 13 pessoas num jantar, trás a desgraça ou o azar.
**Numa outra versão nórdica, conta-se que Friga (que deu origem a Friday- “sexta”) a deusa do amor e da beleza , foi considerada bruxa quando as tribos nórdicas foram convertidas ao cristianismo. Como vingança Friga passou a reunir-se todas as sextas com mais 11 bruxas e o próprio demónio e os 13, assim reunidos, rogavam pragas ao humanos.
**Outra origem desta crença, e provavelmente a mais forte, pode ter nascido na era cristã, pois foram 13 os apóstolos que cearam com Jesus antes dele morrer, o que tornou num mau pernúncio, um jantar com 13 pessoas.
**Para esta superstição contribuiu, ainda, o fato de ter sido numa sexta-feira 13 (do ano 1307) que o Rei Filipe IV da França resolveu pôr em acção o seu plano para retirar poder e extreminar a ordem dos Templários, mandando prender, torturar e executar todos os seus Cavaleiros.
Fontes:
Site Terra Esóterico (http://www.terra.com.br/esoterico/monica/colunas/2006/01/13/000.htm)
Site Sexta-Feira 13 A magia e as superstições da Sexta-Feira 13
(http://www.sexta-feira13.com/significado-sexta-feira-13/)



A série do filme sexta-feira 13, conta a história do personagem e ícone de terror, o sanguinário Jason Voorhees , e depois dizem que esse dia não é azarento? Me poupem, isso é questionável!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Globo e Sílvio de Abreu geram controvérsias em torno da profissão de Relações Públicas

No último dia 16, a Rede Globo levou ao ar uma cena da novela Passione, que deu o que falar entre todos os meus colegas Relações Públicas. Na trama, Saulo personagem de Werner Shunermann, durante o diálogo com Fred, personagem de Reynaldo Gianechini, oferece ao galã e vilão o cargo de Relações Públicas. O mais intrigante, e foi o que gerou polêmica principalmente no twitter, foi banalização evidente exposta da profissão durante a cena exibida. Durante o diálogo, Saulo e Fred discutem qual seria o melhor cargo para Fred na metalúrgica, e foi denominado que seria o cargo de Relações Públicas. Segundo Saulo, esse seria o melhor cargo para Fred pois o galã não entende nada de metalúrgica, mas poderia ter uma colocação na empresa, já que o personagem tem boa aparência, é articulado e persuasivo, o que seria o suficiente para o autor da novela, Silvio de Abreu definir que Fred poderia ser o Relações Públicas da empresa.
Evidentemente que não somente eu, mas todos os profissionais de Relações Públicas sentiram-se ofendidos. Também pudera, não é pra menos. Passamos anos estudando e tentando explanar aos leigos o que é ser um Relações Públicas, e após sermos diplomados é necessário ter um número de registro no conselho regional de Relações Públicas, para podermos exercer a profissão legalmente. Considerei total falta de respeito o modo que a profissão foi exposta na trama, afinal de contas, ficou claro que Saulo não tendo nenhum cargo disponível para Fred, naquele momento “descolou” o cargo de Relações Públicas, tratando como se fosse um cargo qualquer não exigindo grandes aptidões, como se não houvesse nenhuma responsabilidade sobre esse cargo.
Silvio de Abreu não deve ter se dado conta ou não se informou que para atuar como Relações Públicas é exigido no mínimo, ter formação superior. Isso foi exposto em rede nacional em horário nobre, suficiente para que a Globo e autor pudessem abordar a profissão de forma banal.
Certa vez quase discuti com uma amiga que mora em São Paulo, após receber um email dela querendo saber o piso salarial da categoria, pois ela faria entrevista de emprego para uma vaga de Relações Públicas. A primeira pergunta que fiz a ela foi se ela tinha formação nessa área e mais ainda, se ela possuía um número de registro que permitiria exercer a profissão. Deixei bem claro a ela, que esse tipo de pergunta havia me causado uma certa irritação, visto que dediquei alguns anos da minha vida na universidade, fazendo alguns sacrifícios para poder me formar. Acrescentei inclusive que era uma pena eu não saber para qual empresa seria a entrevista que ela faria, pois adoraria denunciá-la ao conselho regional. Chega de banalizarem nossa profissão, cansei de ver vagas em cadernos de emprego onde solicitam Relações Públicas com segundo grau completo.
No dia 19/06 após receber reclamações pedindo uma atitude, o Conselho Regional de Relações Públicas do Rio de Janeiro entrou em ação e enviou uma carta à emissora, reclamando que foi nítida a impressão de nomear o vilão como Relações Públicas em decorrência da sua boa aparência e boa fluência verbal, uma vez que o personagem não possui curso superior. Obviamente que Silvio de Abreu ficou a par da polêmica gerada em torno dessa questão, e afirmou em carta ao conselho que Fred vai ter outra função na empresa.
Entendemos que novela não passa de ficção, mas atitudes como acabam denegrindo a imagem da profissão, e entendemos principalmente que quanto mais a profissão for abordada de modo banalizado como foi abordado nesta novela, maior será a luta dos profissionais para garantir o devido reconhecimento e competência da profissão no mercado de trabalho. Somos antes tudo profissionais de comunicação social. E não desanimemos colegas Relações Públicas! Vamos continuar denunciando ao conselho quaisquer atitudes que venham a estimular a banalização em torno de nossa profissão!

Link da cena:
http://passione.globo.com/videos/v/saulo-fica-desconfiado-com-o-interesse-de-fred-na-metalurgica/1285036/#/cap

Repercussão da abordagem dada à profissão Relações Públicas
http://www.abril.com.br/blog/passione-novela/2010/06/21/apos-reclamacao-do-conselho-de-relacoes-publicas-silvio-de-abreu-esclarece-que-fred-nao-sera-rp/

domingo, 13 de junho de 2010

Você já foi hostilizado por ter formação superior?

Olá caros leitores, mais uma vez , fiquei um bom tempo sem escrever no meu querido diário, mas aqui está a Marilyn de volta.
O fato que me fez vir correndo escrever aqui, foi a pergunta: você já foi hostilizado por ter formação superior? Não? Mas eu sim! Então vim até aqui escrever pra ver se minha indignação diminui.
Bem, todos sabemos que na vida não existem garantias de nada, portanto, ter formação superior não significa que você vai conseguir um bom emprego. E aqui permaneço eu sem emprego, mas nunca desistindo de encontrar um. Há um mês atrás uma colega minha de faculdade apresentou a seguinte frase no seu subnick no MSN: preciso de teleoperadores. Eu fiquei curiosa e perguntei a ela do que se tratava, ela me explicou que era sobre a vaga num call center onde ela estava gerenciando, a carga horária de trabalho era de 6 horas diárias, obviamente que o salário não era o melhor do mundo, mesmo assim resolvi tentar, o que eu poderia perder? Trabalharia 6 horas diárias e o restante do dia, eu permaneceria procurando um trabalho melhor, pois admito: não era meu sonho de consumo trabalhar por muito tempo em um call center, mas como a minha amiga mesma disse: tenta, até conseguires algo melhor. Topei o desafio, e no outro dia fui conhecer a empresa, após a apresentação foi estabelecido que eu devesse iniciar na próxima segunda-feira.
No primeiro dia eu já havia notado o quanto era apertado o local, muita gente para pouco espaço, para sair da minha sala e ir ao banheiro, o restante da sala precisava se mobilizar para que eu pudesse sair, e até eu chegar ao banheiro, eu já havia pechado em umas vinte pessoas. Mas até então, a situação era temporária, pois estavam de mudança. Tudo bem , eu acostumo, pensei. Na segunda semana de trabalho, foi feita uma reunião, com os supervisores (um homem e uma mulher), eles agradeceram o empenho do pessoal na finalização de um processo que estava em atraso, e em seguida disseram que não iria tolerar serem retrucados, que isso era falta de respeito. Na hora não dei importância, até onde eu saiba eu não havia faltado com o respeito com meus supervisores e muito menos com meus colegas.
Na terceira semana, a supervisora entrou na sala onde eu permanecia trabalhando com minhas colegas, e me deu um esporro na frente de todos, detalhe: realmente eu não tive culpa na reclamação dela, simplesmente o sistema da empresa é lento demais. No mesmo momento eu disse a ela que não saia de casa para não concluir as vendas, e que o sistema estava muito lento e eu estava me esforçando, mas falei de modo respeitoso, inclusive expliquei a ela passo a passo o ocorrido, ela aparentemente entendeu naquele momento.
Pois bem, na saída do meu expediente, o supervisor me chamou pra conversar no corredor do prédio, pois não há espaço na sala. Ele iniciou a conversa dizendo que eu não estava em sintonia com o meu grupo, que ele não quer pessoas criando problemas, então ele estava me demitindo. E ele prosseguiu: você é soberba, você pensa que por você ter um nível cultural e social melhor que o das suas colegas, você está acima delas, aqui tem que ouvir as coisas e ficar quieto, e aqui não é lugar pra ti.
Eu perguntei a ele em que momento eu fui soberba, ele simplesmente não explicou e prosseguiu falando do meu nível cultural, então ele decide não me demitir, porém muda meu horário pro turno da tarde, onde ele seria meu supervisor. Eu aceitei, pois até então minha ficha não havia caído por completo, e eu estava um pouco sensibilizada com outros problemas.
No caminho pra casa, fiquei pensando nas coisas que ele disse, e obvio que conclui que essa conversa toda de ser soberba e ouvir e ficar quieta, foi porque eu justifiquei, e me defendi perante algo em que eu não tinha culpa. Mas fiquei pensando no porque ele tanto se referia ao meu nível cultural....obviamente que ele quis se referir ao meu nível acadêmico, e o social ele deve ter deduzido sozinho. Mas o detalhe que me intrigava: como ele soube que eu sou formada? Bem, minha amiga contou obviamente. Mas o detalhe que mais me intrigava ainda: ninguém, mas ninguém mesmo, nenhuma das minhas colegas sequer sabiam da minha formação acadêmica, eu nunca comentei com ninguém lá dentro. E porque eu iria comentar? Qual a importância que isso tinha naquela empresa?
Bem, eu não tenho culpa se a supervisora que me deu um esporro na frente das minhas colegas, não conhece bem a gramática e fala “menas” ao invés de menos, que culpa tenho eu se ela não sabe que “menas” não existe em hipótese nenhuma na gramática? E se depender de mim, vai continuar não sabendo, não sou eu quem vai contar a ela.
Na minha opinião bem sincera, nenhum dos dois tem postura e preparação para liderar, para serem chefes de alguém. A única coisa que estão preparados pelo que eu pude perceber, é para dar esporro e não ouvir os problemas que ocorrem na empresa, e também pra ter um bando de puxas sacos no pé. Gente, o chefe de vocês entra na sala beija e abraça as funcionárias, atira beijinho? Pois é, é isso que este senhor tem o péssimo hábito de fazer! Que coisa ridícula! Tem de existir uma certa postura entre chefe e funcionário, e também o respeito mútuo.
Quem afinal é este senhor pra me chamar de soberba? Ele por acaso sabe o significado dessa palavra? Ele me conhece o suficiente para concluir tal absurdo? Então, porque eu tenho formação superior, eu sou soberba? Poupe-me! Na minha opinião esse senhor, que não tem formação superior, e realmente isso não é da minha conta, teria se sentido ameaçado com a minha formação? Teria receio de perder o seu valioso cargo pra mim, que tenho nível superior? Não vejo outro motivo, pois no outro dia conversei com uma colega e contei o ocorrido. Primeiro, que ela não sabia da minha formação superior, depois que ela me garantiu que em não faltei com o respeito com ninguém lá dentro, inclusive com os supervisores. Bem, só pude deduzir isso mesmo.
Não preciso nem dizer a vocês que esse senhor ficou de olho em mim, e eu pra facilitar acabei dando mole, na última segunda-feira, cheguei atrasada 10 minutos. Bem, foi a deixa que ele esperava. Ele veio direto em mim perguntando: quero saber o motivo do atraso. E eu respondi: me atrasei, acabei perdendo o ônibus. Gente, eu nem me dei ao trabalho de inventar que a minha avó, ou algum parente meu, estava doente, porque eu nem avós tenho e é uma mentira de fato, e sou contra mentiras. Ele mais uma vez, e de maneira bem grosseira, repetiu: mas eu quero saber o motivo do atraso. E eu respondi: já disse, acabei perdendo o ônibus. E em seguida, ele já emendou dizendo que não estava dando certo, que onde se viu eu me atrasar, o resultado não estava sendo o esperado. Por incrível que pareça, eu não tive nenhum chilique, não tive vontade de justificar nada, nem de detonar esse homem dizendo tudo o que eu pensava e ainda penso ao seu respeito. Apenas disse: tudo bem. Vocês acreditam que ele começou a repetir tudo novamente? Que não estava dando certo, que o resultado não era o que ele queria e blablablabla; e eu com a maior tranquilidade disse: tudo bem, sem problemas.
O que me intriga, é que eu nunca havia chegado atrasada antes, enquanto que os meus colegas chegavam quase sempre, mas até então cada um cuida de si. Talvez o motivo de que não estivesse dando certo, é que eu ia pra lá pra tentar concluir o serviço e não ficar puxando no saco de um recalcado e ficar dando abracinho e beijinho nele. Mas fiquei sabendo no mesmo dia à tarde, foi que esse senhor entrou na empresa há dois meses atrás, exercendo a função de teleoperador como eu vinha exercendo, e que há apenas um mês atrás, havia sido promovido a supervisor, e que depois da “promoção” ele havia mudando muito o seu temperamento, havia deixado de ser humilde. Estranho mesmo, seu eu havia deduzido que ele temia que eu tomasse o seu cargo, depois de saber desse fato, eu concluo que foi isso sim, ele teve medo que eu tomasse seu cargo, já que eu tenho formação superior e sou amiga da sua chefe. Pergunto-me como pode existir gente assim, que para se manter ou subir, tem a capacidade de ficar puxando o tapete dos outros? Sei que não perdi grande coisa, mas eu poderia ter sido poupada dos absurdos que eu tive de escutar. Quer dizer que se eu fosse bem burra e ignorante, eu serviria para trabalhar com eles? Pois assim eles poderiam me pisar e me hostilizar e ainda assim eu ficaria quieta? Só pode ser. A mãe de uma amiga, ficou chocada com o meu relato, e ela acha que eu deveria processar esse senhor e essa empresa. Mas sinceramente, isso vale a pena? Vale a pena eu me desgastar com isso e protelar, ter que ver a cara desse homem mais vezes na minha frente? Não sei... mas será que assim como fez comigo, vai continuar hostilizando as outras pessoas? Realmente, não sei.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Indiadas em busca de melhores oportunidades!

Nossa, quanto tempo eu não escrevo no meu diário! Assuntos eu tenho muitos, mas tempo para parar e desenvolver é outros quinhentos. Mas vamos ao que interessa!
Sempre digo que exitem coisas que só acontecem comigo, e se banhos de pipoca resolvessem eu já teria tomado muitos deles. Inclusive, essa semana eu soube que o pai de uma das minhas melhores amigas, dá risadas das minhas “aventuras” e ele mesmo não sabe como eu consigo rir das minhas assim digamos... desgraças.
Tenho tantas história sobre a minha busca quase incansável por um emprego legal, porém, o espaço é insuficiente para todas. Mas essa semana eu tive duas buscas frustradas numa única tarde, isso é demais pra minha cabeça. Encontrei um anúncio no caderno de empregos, onde pedia um profissional de relações públicas para um restaurante no bairro menino deus. O anúncio instruia que era necessário ir até o local e entregar o currículo depois das 15horas na quarta-feira. Vamos analisar as minhas reações: eu leio o anúncio no jornal e penso comigo: puxa, legal um restaurante querer investir na melhora da sua imagem e contratar relações públicas, pode ser a minha chance de mostrar a capaciadade que tenho! E a partir desse pensamento, muitas idéias surgiram. Em seguida o próximo pensamento que surgiu, foi em relação ao dia e horário, pensei comigo: perfeito! Trabalho em uma empresa, com turno de 6 horas, sendo que trabalho até as 14horas, até as 15horas estarei lá. Então na segunda-feira, eu ligo diversas vezes para o restaurante e nada de alguém me atender, liguei em horários super alternativos, como em horários como o de almoço e jantar. Terça-feira, a mesma coisa, ligo e ninguém atende. Já comecei a desconfiar a partir daqui. Na quarta-feira, ao sair do trabalho e mais uma vez ligo, e surpresa! A ligação foi atendida! Mas a pessoa atendeu não identificando o local e foi rispida comigo, me explicou como chegar lá com muita má vontade. Tudo bem, pensei comigo, não vou desistir. Então atravessei o centro de Porto Alegre para chegar a maldita condução que passa na frente do bem dito estabelecimento. Resumindo: desci várias quadras depois, pois a pessoa “atenciosa” me explicou de forma equivocada, e caminhei muito para chegar até a frente do restaurante. Mas sabe, eu adoraria ver a minha cara quando cheguei na frente daquela birosa! O restaurante ficava no outro lado da avenida, um lugar estreito, fachada feia, escura, portões trancados, e não havia ninguém levando currículos. Fiquei ali, parada observando por uns 2 minutos, e havia um moço no ponto de ônibus e não consegui resistir e perguntei ao moço: oi, tudo bem? Você conhece esse aquele restaurante? Ele olhou meio desconfiado para o restaurante e disse que não lembra de ter visto ele funcionando, que iria passar a observar daqui pra frente. Expliquei para o moço que eu estava em busca de uma oportunidade de trabalho e esse restaurante publicou um anúncio, mas esse restaurante não parecia restaurante. Ele disse que aquele restaurante parecia um lugar com máquinas clandestinas de jogos. Bem, eu disse ao moço que parecia um inferninho mesmo, ele riu e concordou comigo. Eu não tive dúvida, eu simplesmente dei meia volta e deitei o cabelo mesmo. Em seguida meu celular toca, era um senhor que havia me ligado no inicio da semana para marcar uma entrevista de trabalho, porém o horário dele não fechou comigo e ele estava retornado para saber se eu poderia ir naquele mesmo momento até a casa dele para a entrevista. Estranhei de cara! Ele não soube me dizer qual linha de condução passava na frente e nem perto, ponto de referência ele não soube dar, mas ele disse que eu deveria perguntar para alguém em um ponto de ônibus. alguém iria me ajudar, e eu disse que tentaria ir. Perguntei a algumas pessoas como chegar até aquele endereço, mas ninguém soube informar.
Eu pensei comigo: que desaforo! A pessoa liga do nada, querendo marcar pra já, porém não sabe nem dizer como eu chego na empresa? Ah, esqueci , era na casa dele. Estranho não?!
Depois de ter caminhando um monte, ter dado com a cara na porta no restaurante, que na verdade eu nem paguei pra ver, fiquei com medo de não sair viva de lá. E se aquilo fosse um ponto de tráfico de drogas, ou tráfico de orgãos ou tráfico de mulheres? Eu não paguei pra ver mesmo! Eu não estou matando o cachorro a grito a ponto de me arriscar em um lugar sinistro daqueles! Depois de tudo isso, ainda tomei um banho de chuva, eu fui pra casa, super cansada e molhada! A escala do meu humor estava negativa, a minha loucura estava ponto de vir fazer pausa para a recreação. Olha gente, sei que a maioria das tentativa em busca de emprego são frustradas, a concorrência é enorne, quanto a isso, sem problemas. O que me deixou frustrada foi que eu consegui duas indiadas em uma única tarde, e indiadas estranhas diga-se de passagem. Pessoal, ressalto que essas vagas “indiadas”, eu encontrei em anúncios de um jornal de grande circulação e anúncios na internet, o meio de divulgação é importante sim, mas não significa que as informações publicadas sejam verdadeiras, portanto cuidado! E a minha busca continua, mas as indiadas encerro por aqui!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Por que devo ter um celular?

Oi pessoal! Há dias venho me questionando: por que eu tenho um aparelho celular? Sinceramente, estou quase concluindo que não preciso dele, uma vez que as tecnologias fazem o papel delas e o papel do próprio celular. Comecei com esse meu questionamento no último dia 10 de abril, meu aniversário. Além de ter que passar pela crise dos 28 anos (não é fácil), me deparei com o maldito celular. Sobre a crise dos 28 anos, sempre tive a teoria que o auge da mulher é até os 24, 25 anos no máximo, estourando. Na faixa etária dos 15 aos 18 nem preciso comentar, esse é o auge dos auges! Depois dos 25 tenho a sensação que a pele, o cabelo, nada mais é tão bom quanto antes! A vantagem é que a nossa inteligência também muda, e para melhor, ao contrário da pele e do cabelo!
Mas voltando a questão do celular, é indiscutível que a novas tecnologias e o uso das redes socias vieram a facilitar nossas vidas. Mas poxa vida, não dá para manter os velhos hábitos antes da tecnologia, como ligar para as pessoas? As pessoas se comunicam somente na rede e nada mais, orkut, e-mail, facebook, twitter, MSN e o telefone? Ninguém quer mais ouvir a voz de ninguém? Até no nosso aniversário esses velhos hábitos não retornam. Recebi milhares de felicitações dos meus amigos e familiares, a grande maioria via internet. Não estou desmerecendo essas carinhosas felicitações, pois sei que todas são verdadeiras. Pouquíssimas pessoas ligaram, e outras vieram até minha casa, adorei! E se eu não tivesse nenhum acesso à rede, como seria isso? Teve pessoas que me deram parabéns um dia antes, e sim, foi via internet.
Gente, eu não preciso de celular! Esse aparelho só serve para eu ter algo mais para carregar na bolsa e mais uma despesa no final do mês.
Vou confessar uma coisa: eu já sou péssima fisionomista, e tenho medo de não reconhecer a voz das pessoas.
Concordo que telefone também é cansativo, tem pessoas que não tem muita paciência. Mas se você não tem paciência para ligar para as pessoas, faça como eu: além de utilizar os meios que a internet oferece, procure enviar mensagem de testo, é mais pessoal, mais confortável, é como se você realmente se importasse com o outro.
Beijos!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ele Não Está Tão a Fim de Você!

Meninas, quem de vocês ainda não assistiu ao filme “Ele Não Está Tão a Fim de Você?” Eu assisti e amei, porque trata do universo feminino de forma descontraída, é como se fosse um manual prático da aceitação. Vamos lá, amem-se, bola pra frente e ria da desgraça! É muito engraçado ver retratado em filme alguns de nossos dramas, muitas vezes desnecessários. Essa comédia lançada em 2009 possui um elenco super bacana que além do manual, a história passa uma mensagem legal. Boa parte do filme roda em torno de Gigi (Ginnifer Goodwin), a romântica incurável, que sempre espera a ligação no dia seguinte, e só fica na esperança mesmo. Tenho várias amigas como a Gigi, e acredito já ter sido uma delas, mas num contexto bem diferente, pois a Gigi tenta encontrar motivos por não ter recebido a bem dita ligação no dia seguinte após o encontro, enquanto que no meu caso, sou bem realista: não ligou porque não quis e não foi com a minha cara (diga-se de passagem, tem vários nessa lista dos que não foram e continuam não indo com a minha cara) curta a sua rejeição, coma bastante chocolate e sorvete (acalmam nossos hormônios), e depois siga em frente e corra atrás do prejuízo. Admito que a minha paranóia ajuda a ter essa aceitação, muitas vezes o meu “realismo” acaba torcendo a verdade das coisas. Mas venho aprendendo que nunca se deve esperar nada, e que quando nós não estamos tentando entender é quando realmente chegamos ao entendimento. Sabe quando uma coisa tem que acontecer realmente? Bem, elas realmente acontecem quando chega a hora, ansiedade só retarda. Não lembro onde li, mas Paulo Coelho disse: “As pessoas sempre chegam na hora exata nos lugares onde estão sendo esperadas”. Mas vamos a algumas questões básicas, formulada e baseada no filme e nas minhas percepções:
1. Você sai com ele, e após 24 horas (tempo padrão) ele não te liga e nem sequer uma mensagem? Não se engane ele realmente não está tão a fim de você, e não adianta pensar que ele trabalhou demais, que ele deve ter viajado a trabalho, que a avó faleceu ou alguém da família adoeceu, ou pior ainda: ele esqueceu ou perdeu seu número? aceite a verdade, ele não é obrigado estar a fim de você.
2. Ele te passa a conversa (você cai direitinho nela), e vocês acabam transando, e a maldita ligação após 24 horas (nesse caso o tempo padrão está estourado) não acontece. Minha amiga, esse canalha/cretino mais do que nunca não está nem um pouco a fim de você, e bola pra frente: sexo não é garantia de nada.
3. Ele vem com aquele papo de que você é maravilhosa, que é demais pra ele e espera que você encontre alguém a sua altura, que te adora, mas mesmo assim é melhor terminarem antes que se apeguem ou então o problema é ele e não você. Bem, aceite, a verdade está bem diante do seu nariz: você está sendo dispensada, bola pra frente e distribua suas fichas para o próximos da fila, paciência. E não esqueça, ele tem razão: você é maravilhosa demais pra ele e por isso ele não te merece.
4. Ele nunca tem tempo pra você, com a desculpa que trabalhou demais? Poupe-me, além de não estar a fim, ele quer te dispensar com a desculpa mais velha do mundo. Criatividade às vezes é bom, mas nesse caso eu prefiro a verdade nua e crua: querida (leia-se bocaberta), você não vale o sacrifício de eu ir ver você depois de um dia torturante e cansativo de trabalho. Pode até doer, mas a verdade sempre corta o mal pela raiz e se sentir que o chocolate e o sorvete podem acalmar os seus hormônios malucos, te atira!
5. Ele combina contigo e dá um cano, e além de tudo, ainda esquece a data do seu aniversário? Esse sujeito além de não estar tão a fim de você, merece como punição a morte, merece ser torturado e em seguida de esquartejado.
6. Além de ele não te ligar, ele entra no MSN/SKYPE nem dá um miserável “oi”? Esse cretino além de não estar a fim de você nem para uma conversa virtual merece o bloqueio seguido de morte. E em qual parte do “ele não está tão a fim de você” não está claramente explicito? Deve ser a parte que ele não menciona que está conversando com a “bola da vez”. Sabe que concordo com a Mary personagem da Drew Barrymore, quando ela afirma sentir falta do tempo antigo em que as pessoas se falavam sem todas essas tecnologias. Eu acho que também sinto, eu canso de checar caixa de e-mail, Orkut, Twitter, Facebook, MSN, tentando ver quem está tentando se comunicar comigo, mas não seria mais simples telefonar e mandar vazar logo? Sem contar que podemos dar a entonação que quisermos ao ler uma mensagem, é aí que mora o perigo, experiência própria! Se vocês soubessem quantas encrencas arrumei nesse maldito MSN! E como se não bastasse, muitas vezes leio os sinais da pior maneira possível: na maioria das vezes levo pro lado negativo, então um conselho pra todas nós: não tente ler e nem entender esses sinais do cão, porque como o Alex afirma (personagem do Justin Long): quando o cara está realmente a fim, ele corre atrás, simples assim. Ele liga pra você até do outro lado do planeta, basta tem um telefone. Outra coisa não fique encarando o telefone, isso é tortura, é ódio mortal por si mesma, ele não vai tocar só porque você está olhando de cara feia pra ele.
Não sei dizer em que momento eu me identifiquei com o filme, mas é óbvio que a desculpa do trabalho eu já ouvi, acho que todas as mulheres do planeta ouviram. E quem ainda não ouviu, não fique satisfeita se achando a exceção da regra, pode tirar o sorrisinho malicioso do canto da boca, porque sim, você vai ouvir, é apenas uma questão de tempo. Atualmente posso dizer que já superei completamente o trauma e confesso a vocês: fui dispensada com essa desculpa pela primeira vez aos 15 anos de idade. Já era de se esperar que depois de 13 anos eu já tivesse superado isso e desejado que quanto mais o sujeito trabalhasse, mais pobre ele deveria ficar. Brincadeirinha, não desejei isso, foi só pra descontrair. E não se culpe, quando tentarem te manipular, fazendo pensar que você é o problema, que você é areia demais para o caminhão dele, porque a maioria dos homens tem medo de mulheres inteligentes que usam o cérebro. Arnaldo Jabour já cita em uma crônica: “o outro tem o direito de não querer”. Nesta crônica do Jabour, eu realmente me identifico quase 100%, como a maioria das crônicas dele. Adoro a praticidade e a simplicidade de Jabour.
Como sempre eu já me estendi demais, mas cumpri minha missão: a de compartilhar percepções. E repito: não sou feminista de forma alguma, mas feminismos a parte, sou sim a favor da essência e do conteúdo, porque o vazio além de não acrescentar em nada, é muito cansativo. Segue abaixo a sinopse do filme e a crônica do Jabour, leiam se tiverem paciência, é como se fosse um anexo! A partir daqui a leitura é opcional.

Sinopse “Ele Não Está Tão A Fim de Você”
Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que namora Neil (Ben Affleck) há 7 anos e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.

Relacionamentos, por Arnaldo Jabor.

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como
tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se
somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo,
como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico
que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Se não
bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a
pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é
compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu
pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que seria fácil?

Arnaldo Jabor