quarta-feira, 14 de abril de 2010

Por que devo ter um celular?

Oi pessoal! Há dias venho me questionando: por que eu tenho um aparelho celular? Sinceramente, estou quase concluindo que não preciso dele, uma vez que as tecnologias fazem o papel delas e o papel do próprio celular. Comecei com esse meu questionamento no último dia 10 de abril, meu aniversário. Além de ter que passar pela crise dos 28 anos (não é fácil), me deparei com o maldito celular. Sobre a crise dos 28 anos, sempre tive a teoria que o auge da mulher é até os 24, 25 anos no máximo, estourando. Na faixa etária dos 15 aos 18 nem preciso comentar, esse é o auge dos auges! Depois dos 25 tenho a sensação que a pele, o cabelo, nada mais é tão bom quanto antes! A vantagem é que a nossa inteligência também muda, e para melhor, ao contrário da pele e do cabelo!
Mas voltando a questão do celular, é indiscutível que a novas tecnologias e o uso das redes socias vieram a facilitar nossas vidas. Mas poxa vida, não dá para manter os velhos hábitos antes da tecnologia, como ligar para as pessoas? As pessoas se comunicam somente na rede e nada mais, orkut, e-mail, facebook, twitter, MSN e o telefone? Ninguém quer mais ouvir a voz de ninguém? Até no nosso aniversário esses velhos hábitos não retornam. Recebi milhares de felicitações dos meus amigos e familiares, a grande maioria via internet. Não estou desmerecendo essas carinhosas felicitações, pois sei que todas são verdadeiras. Pouquíssimas pessoas ligaram, e outras vieram até minha casa, adorei! E se eu não tivesse nenhum acesso à rede, como seria isso? Teve pessoas que me deram parabéns um dia antes, e sim, foi via internet.
Gente, eu não preciso de celular! Esse aparelho só serve para eu ter algo mais para carregar na bolsa e mais uma despesa no final do mês.
Vou confessar uma coisa: eu já sou péssima fisionomista, e tenho medo de não reconhecer a voz das pessoas.
Concordo que telefone também é cansativo, tem pessoas que não tem muita paciência. Mas se você não tem paciência para ligar para as pessoas, faça como eu: além de utilizar os meios que a internet oferece, procure enviar mensagem de testo, é mais pessoal, mais confortável, é como se você realmente se importasse com o outro.
Beijos!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ele Não Está Tão a Fim de Você!

Meninas, quem de vocês ainda não assistiu ao filme “Ele Não Está Tão a Fim de Você?” Eu assisti e amei, porque trata do universo feminino de forma descontraída, é como se fosse um manual prático da aceitação. Vamos lá, amem-se, bola pra frente e ria da desgraça! É muito engraçado ver retratado em filme alguns de nossos dramas, muitas vezes desnecessários. Essa comédia lançada em 2009 possui um elenco super bacana que além do manual, a história passa uma mensagem legal. Boa parte do filme roda em torno de Gigi (Ginnifer Goodwin), a romântica incurável, que sempre espera a ligação no dia seguinte, e só fica na esperança mesmo. Tenho várias amigas como a Gigi, e acredito já ter sido uma delas, mas num contexto bem diferente, pois a Gigi tenta encontrar motivos por não ter recebido a bem dita ligação no dia seguinte após o encontro, enquanto que no meu caso, sou bem realista: não ligou porque não quis e não foi com a minha cara (diga-se de passagem, tem vários nessa lista dos que não foram e continuam não indo com a minha cara) curta a sua rejeição, coma bastante chocolate e sorvete (acalmam nossos hormônios), e depois siga em frente e corra atrás do prejuízo. Admito que a minha paranóia ajuda a ter essa aceitação, muitas vezes o meu “realismo” acaba torcendo a verdade das coisas. Mas venho aprendendo que nunca se deve esperar nada, e que quando nós não estamos tentando entender é quando realmente chegamos ao entendimento. Sabe quando uma coisa tem que acontecer realmente? Bem, elas realmente acontecem quando chega a hora, ansiedade só retarda. Não lembro onde li, mas Paulo Coelho disse: “As pessoas sempre chegam na hora exata nos lugares onde estão sendo esperadas”. Mas vamos a algumas questões básicas, formulada e baseada no filme e nas minhas percepções:
1. Você sai com ele, e após 24 horas (tempo padrão) ele não te liga e nem sequer uma mensagem? Não se engane ele realmente não está tão a fim de você, e não adianta pensar que ele trabalhou demais, que ele deve ter viajado a trabalho, que a avó faleceu ou alguém da família adoeceu, ou pior ainda: ele esqueceu ou perdeu seu número? aceite a verdade, ele não é obrigado estar a fim de você.
2. Ele te passa a conversa (você cai direitinho nela), e vocês acabam transando, e a maldita ligação após 24 horas (nesse caso o tempo padrão está estourado) não acontece. Minha amiga, esse canalha/cretino mais do que nunca não está nem um pouco a fim de você, e bola pra frente: sexo não é garantia de nada.
3. Ele vem com aquele papo de que você é maravilhosa, que é demais pra ele e espera que você encontre alguém a sua altura, que te adora, mas mesmo assim é melhor terminarem antes que se apeguem ou então o problema é ele e não você. Bem, aceite, a verdade está bem diante do seu nariz: você está sendo dispensada, bola pra frente e distribua suas fichas para o próximos da fila, paciência. E não esqueça, ele tem razão: você é maravilhosa demais pra ele e por isso ele não te merece.
4. Ele nunca tem tempo pra você, com a desculpa que trabalhou demais? Poupe-me, além de não estar a fim, ele quer te dispensar com a desculpa mais velha do mundo. Criatividade às vezes é bom, mas nesse caso eu prefiro a verdade nua e crua: querida (leia-se bocaberta), você não vale o sacrifício de eu ir ver você depois de um dia torturante e cansativo de trabalho. Pode até doer, mas a verdade sempre corta o mal pela raiz e se sentir que o chocolate e o sorvete podem acalmar os seus hormônios malucos, te atira!
5. Ele combina contigo e dá um cano, e além de tudo, ainda esquece a data do seu aniversário? Esse sujeito além de não estar tão a fim de você, merece como punição a morte, merece ser torturado e em seguida de esquartejado.
6. Além de ele não te ligar, ele entra no MSN/SKYPE nem dá um miserável “oi”? Esse cretino além de não estar a fim de você nem para uma conversa virtual merece o bloqueio seguido de morte. E em qual parte do “ele não está tão a fim de você” não está claramente explicito? Deve ser a parte que ele não menciona que está conversando com a “bola da vez”. Sabe que concordo com a Mary personagem da Drew Barrymore, quando ela afirma sentir falta do tempo antigo em que as pessoas se falavam sem todas essas tecnologias. Eu acho que também sinto, eu canso de checar caixa de e-mail, Orkut, Twitter, Facebook, MSN, tentando ver quem está tentando se comunicar comigo, mas não seria mais simples telefonar e mandar vazar logo? Sem contar que podemos dar a entonação que quisermos ao ler uma mensagem, é aí que mora o perigo, experiência própria! Se vocês soubessem quantas encrencas arrumei nesse maldito MSN! E como se não bastasse, muitas vezes leio os sinais da pior maneira possível: na maioria das vezes levo pro lado negativo, então um conselho pra todas nós: não tente ler e nem entender esses sinais do cão, porque como o Alex afirma (personagem do Justin Long): quando o cara está realmente a fim, ele corre atrás, simples assim. Ele liga pra você até do outro lado do planeta, basta tem um telefone. Outra coisa não fique encarando o telefone, isso é tortura, é ódio mortal por si mesma, ele não vai tocar só porque você está olhando de cara feia pra ele.
Não sei dizer em que momento eu me identifiquei com o filme, mas é óbvio que a desculpa do trabalho eu já ouvi, acho que todas as mulheres do planeta ouviram. E quem ainda não ouviu, não fique satisfeita se achando a exceção da regra, pode tirar o sorrisinho malicioso do canto da boca, porque sim, você vai ouvir, é apenas uma questão de tempo. Atualmente posso dizer que já superei completamente o trauma e confesso a vocês: fui dispensada com essa desculpa pela primeira vez aos 15 anos de idade. Já era de se esperar que depois de 13 anos eu já tivesse superado isso e desejado que quanto mais o sujeito trabalhasse, mais pobre ele deveria ficar. Brincadeirinha, não desejei isso, foi só pra descontrair. E não se culpe, quando tentarem te manipular, fazendo pensar que você é o problema, que você é areia demais para o caminhão dele, porque a maioria dos homens tem medo de mulheres inteligentes que usam o cérebro. Arnaldo Jabour já cita em uma crônica: “o outro tem o direito de não querer”. Nesta crônica do Jabour, eu realmente me identifico quase 100%, como a maioria das crônicas dele. Adoro a praticidade e a simplicidade de Jabour.
Como sempre eu já me estendi demais, mas cumpri minha missão: a de compartilhar percepções. E repito: não sou feminista de forma alguma, mas feminismos a parte, sou sim a favor da essência e do conteúdo, porque o vazio além de não acrescentar em nada, é muito cansativo. Segue abaixo a sinopse do filme e a crônica do Jabour, leiam se tiverem paciência, é como se fosse um anexo! A partir daqui a leitura é opcional.

Sinopse “Ele Não Está Tão A Fim de Você”
Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que namora Neil (Ben Affleck) há 7 anos e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.

Relacionamentos, por Arnaldo Jabor.

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como
tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se
somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo,
como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico
que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Se não
bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a
pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,
recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é
compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu
pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que seria fácil?

Arnaldo Jabor

sábado, 3 de abril de 2010

Belo Poema de Carlos Drummond de Andrade

Olá caros amigos! Nesta postagem resolvi compartilhar um lindo poema de Drummond de Andrade, quem não conhece, acho que vale muito a pena ler e refletir e pra quem conhece, é sempre bom reler. Bem, no meu ponto de vista, mais uma vez esse poema reflete na complexidade humana, na insatisfação eu diria, e óbvio que eu me incluo nisso. Não é de hoje que poetas e filósofos tentam entender a mente humana, e em minha opinião ninguém chegou num consenso, acho que é por isso que eu não curto livros de auto-ajuda, é aquilo, a gente sempre sabe o que tem o que fazer, e como fazer, mas ninguém segue a risca, detalhe: quando digo ninguém me refiro à maioria das pessoas. Já tentei ler alguns livros de auto-ajuda e nunca consigo terminá-los, um exemplo é o livro "Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus", mas prometo tentar novamente. Quanto à questão da filosofia, antes de Cristo filósofos já vinham tentando desvendar a mente humana, e saber quem somos e de onde viemos de fato, quem leu o livro "O Mundo de Sofia" do autor norueguês Jostein Gaarder e publicado em 1991 e até hoje é um dos livros mais vendidos do mundo, sabe do que eu estou falando. Pra quem gostaria de entender um pouco de filosofia, fica a dica do livro, pois o autor retrata a o berço da filosofia através de um romance o que acaba deixando o livro mais interessante e compreensível. Mas não pense que vais entender tudo, no meu caso eu li e fiquei com um nó no cérebro, mas gostei mesmo assim. Bem, sem maiores milongas, segue abaixo o poema do poeta mineiro Drummond de Andrade:

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
Irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
Do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
Tido juntado e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
Angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...


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SINOPSE:

Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.